No ano 83, do Século passado, tinha eu 19 anos, quando conheci pessoalmente Dona Ivone Lara e tive o privilégio de acompanha-la com os meus 4 arames no Teatro João Caetano. Foi "reamor" à primeira vista de um longo e platônico amor à primeira audição.
Depois disso meu caminho só foi se cruzar com o dela (“Se o caminho é meu, deixa eu caminhar, deixa eu”), se não me engano, em 95, pelas mãos do produtor e 7 cordas Josimar Monteiro, que me veio com a seguinte proposta: “Quer fazer uma temporada no Rival acompanhando a D. Ivone no Show em comemoração dos 50 anos de carreira? Vai ter uma pá de convidados, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Beth, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, João Nogueira…” Fiquei tão feliz que fiz um samba pra ela, mais feliz ainda porque Dona Ivone Lara me fez cantar o samba por toda a temporada e ainda fez comigo aqueles contra cantos, sua marca registrada.
Por algum motivo que eu desconheço, ela me chamava de Waldir e eu atendia prontamente. “Waldir? Acho que Fá Maior tá meio baixo pra mim. Sobe pra Sol?”
Homenageio, na hora de sua despedida, quem, graças a Deus, pude homenagear em vida.